
Indycar: Herta vence após 799 dias em corrida com red flag e capotagem de Ferrucci
Após uma espera de 799 dias, Colton Herta voltou a vencer na IndyCar. Tendo um final de semana dominante, o americano conseguiu conquistar a desejada vitória no GP de Toronto disputado neste domingo (21).
O piloto ainda proporcionou um 1-2 para a Andretti, com seu companheiro de equipe, Kyle Kirkwood, que terminou em segundo. O pódio foi completado por Scott Dixon depois de uma prova surpreendente de recuperação, após o carro #9 largar na 15ª colocação.
Confira abaixo alguns dos momentos mais importantes da prova.
Uma vitória tranquila para Herta

O piloto da Andretti sobrou durante todo o final de semana. Com o melhor tempo nos dois treinos livres e marcando a pole position, Herta conseguiu fazer uma prova tranquila desde a largada, mantendo a liderança em 81 das 85 voltas programadas.
O americano, que estava sem vencer a 40 provas na Indy, declarou o alívio ao alcançar a tão desejada vitória: “Enfim, conseguimos. Nunca tive dúvidas das minhas capacidades, da equipe ou de qualquer um que trabalha conosco. Em nenhum momento duvidamos que não poderíamos voltar a vencer. Mas é difícil aguentar um fim de semana após o outro, o que se acumulou em anos. Era muito complicado ficar feliz com um desempenho que não é uma vitória depois de um longo tempo”, declarou o piloto na coletiva após a corrida.
O retorno de Théo Pourchaire

Pourchaire voltou a dirigir um carro da Indy neste final de semana, um mês após ser substituído na Arrow McLaren por Nolan Siegel. A decisão veio após Alexander Rossi, piloto do carro #7, quebrar o polegar direito depois de bater na barreira de pneus na curva oito durante o primeiro treino livre na sexta-feira (19), ficando de fora durante todo o final de semana.
Théo estava na Europa quando recebeu a ligação de Tony Kanaan, vencedor das 500 Milhas de Indianópolis de 2013 e atual diretor esportivo na Arrow McLaren, convidando-o para assumir o carro da equipe no circuito de Toronto. A resposta foi prontamente um ‘sim’. Théo chegou no Canadá uma hora antes do início da qualificação. O francês se classificou na 26º, terminando a prova em 14º.
Um final de semana nada bom para a Penske

McLaughlin viu seu próprio companheiro de equipe, Will Power, tirá-lo da prova 9 voltas antes do final. Um toque entre os dois na curva cinco, após um mergulho do australiano no neozelandês, levou Scott a bater no muro e abandonar a prova. Nada feliz com a atitude do colega de Penske, McLaughlin aplaudiu, com ironia, o companheiro após o acidente.
Para Newgarden a prova também não foi a das melhores. O piloto estadunidense perdeu a chances de terminar a prova no pódio após precisar realizar um pit-stop depois de furar o pneu e errar ao tentar ultrapassar Christian Lundgaard, terminando a corrida em 11º
Uma red flag na reta final da prova

A corrida também foi marcada por um grande acidente envolvendo diversos pilotos. No giro 73, Pato O’Ward rodou sozinho na curva um e foi acertado por Ericsson logo em sequência. Fittipaldi acabou batendo no bico do carro do mexicano e Ferrucci veio logo atrás. O impacto da pancada foi tão grande que o carro do americano decolou, atingiu a grade de proteção e aterrizou de cabeça para baixo. Nolan Seigel e Toby Sowery também se envolveram no acidente.
Todo o incidente ocorreu sem o acionamento de uma bandeira amarela e apenas após todos os contatos, e diversos destroços dos carros pela pista, a bandeira vermelha foi sinalizada.
A ação causou descontentamento em Pato, que se manifestou pelas redes sociais, assumindo a responsabilidade do acidente, pontuando a importância do aeroscreen e alfinetando a organização sobre a falta de acionamento da bandeira amarela. “Agradeço ao aeroscreen, caso contrário, não estaria escrevendo isso agora. Peço desculpas à minha equipe e a todos os envolvidos, que não tiveram culpa”, escreveu o piloto no X, antigo Twitter. “Quanto ao incidente, talvez, da próxima vez, pelo menos acionem uma amarela local quando um carro estiver no ponto mais perigoso possível, Indy. É apenas uma ideia”, completou O’Ward.
Dixon se iguala a Andretti no número de pódios, mas termina final de semana frustrado

Durante a prova no domingo, Scott Dixon fez uma prova impecável, ganhando 12 posições após largar em 15º. Apesar do bom resultado, o hexacampeão da IndyCar terminou a prova nada satisfeito após tem erro durante a classificação.
“Foi frustrante. Para ser sincero, acho que foi por causa da classificação. Tivemos um carro muito bom durante todo o final de semana. Decidi dar uma volta [a mais] por conta de um piloto que estava saindo dos boxes, o que não era necessário. Ali, conseguiria avançar [para Fast 12]. Depois, não consegui tempo, estraguei tudo. Deveríamos ter largado muito mais adiante”, declarou Scott.
O pódio conquistado nas ruas de Toronto levou australiano ao um marco histórico: igualou-se a Mario Andretti como o piloto com mais pódios na história da Indy, com 141 finalizações de prova dentro do top-3
Palou se dá bem mesmo terminando fora do pódio

O piloto da Ganassi se aproximou do título do campeonato mesmo chegando em 4º na prova. Largando da 18º posição após uma punição por bloquear Pato O’Ward na classificação, o espanhol conseguiu manter a liderança do campeonato.
Palou se beneficiou, também, após o contato entre os companheiros de Penske, McLaughlin e Power, na volta 77. O piloto do carro #12 é o segundo colocado no campeonato. E após ser punido com um drive-through pelo contato com o companheiro, perdeu pontos importantes na disputa do título.
Com o resultado da corrida, Alex Palou continua na liderança da competição com 411 pontos, seguido de Power com 362 e Dixon com 358. Herta ocupa a quarta colocação, somando 354 pontos e Pato fecha o top-5 com 340.
A Indy retorna as pistas em três semanas, no dia 17 de agosto no oval de Gateway, no Illinois. São 5 etapas restantes, com 4 ovais, para definir o campeão de 2024.
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